de uso diário: Blasè não é a palavra pra me descrever...

de uso diário

Eu descreveria se pudesse.

quinta-feira, março 16

Blasè não é a palavra pra me descrever...

Eu penso que não, e talvez eu esteja errada, talvez todo mundo pense assim, e não estou dizendo que o mundo não é feito também de tons de cinza, mas eu me utilizo pouco deles. Talvez por imaturidade, talvez por não agüentar pessoas sem personalidade que vivem descaradamente à sombra desses tons de cinza, sem nunca se arriscar no preto ou no branco, é sempre o cinza. Às vezes é realmente a coisa certa a fazer, mas na maioria dos casos é só uma forma de tirar o corpo fora, de se fazer de doido pra passar melhor. Eu fico vendo pessoas que nunca querem discutir por nada, pessoas que na iminência de qualquer alteração de voz já desistem do seu ponto de vista por medo e depois saem dizendo que a outra pessoa que é nervosa demais, que a outra parte só quer briga, quando na verdade o pior realmente vem delas, esses covardes inveterados, que só vivem nos tons de cinza a vida toda. Mais uma vez vou deixar claro que não estou dizendo que os meios-termos não são a escolha certa, em alguns momentos eles são, mas o que me incomoda, como venho dizendo desde o começo disto aqui, é a constância desse cinza a vida das pessoas, que se conformam a nunca arriscar nada, absolutamente nada, nem a aprender qualquer coisa nova pra não sair o seu mundinho seguro e, adivinhem... Pois é, cinza.

Sei lá, viver sempre nos extremos, arriscando sempre também não parece ser muito saudável, mas por que não se jogar de vez às vezes? É só isso que estou dizendo: Se você não está acostumado a viver no extremo por muito tempo, faz uma coisinha extrema aqui e alí, pelo amor de Deus! Pare de agir como se você estivesse com medo todo o tempo! Como se não valesse à pena um momento de loucura! Vá em frente, você vai se sentir melhor, palavra!

Parece que ao falar isso eu estou sugerindo que todos saltem de pára-quedas, bungee jump, ou façam uma corrida de carros, mas não é isso, às vezes pra ser radical basta não desistir do que você é, de quem você é, basta não desistir do que você acredita, dos seus sonhos, das suas metas, não desistir de você só pra não irritar ninguém, só pra não contrariar o vizinho, asim você vai se apagando aos poucos. Faça não! Às vezes o que o vizinho precisa é mesmo ouvir um bom "Vai tomar no cu!", só pra dar a ele uma pouco de perspectiva. É isso, eu defendo minha tese de que não há nada mais radical do que não desistir de você, do que ter sua personalidade, e às vezes sim se adaptar, ceder, se comprometer, mas nenhuma dessas palavras é sinônimo de se apagar.

Pois é, a palavra é atitude, e a atitude que eu falo aqui não é a mesma que o Marcos Mion da MTV prega, só pra esclarecer.

OBS.: Esse post é totalmente dedicado às pessoas que "têm vontade de dar, e têm medo de doer.", desculpem a expressão, mas ela é perfeita, não acham? Outra mensagem pra essas pessoas é: "Cabacice da porra!