de uso diário

de uso diário

Eu descreveria se pudesse.

quinta-feira, abril 13

Eu tive a pior semana da história. Não quero nem entrar em detalhes pra não lembrar.
O feriadão tá aí, amanhã não tenho aula, e só espero que os planos que fiz pra sexta e sábado dêem certo. Torçam por mim.
Resumindo meu estado: estou só o pito, o resto mortal do que um dia foi um ser-humano, só o bocal.
Três noites sem dormir não faz bem, dizem que dormir é bom, mas eu não lembro mais qual a sensação, juro que vou tentar redescobrí-la.
Na faculdade, bem, a partir de agora o pau vai comer com força! O desespero do fim-de-semestre se adiantou e veio nos atacar agora mesmo, porque ele não tá ligando.
Ah, uma notícia boa é que meu curso foi reconhecido pelo MEC, êêêêê!

Não há um motivo em particular, mas essa música foi minha trilha sonora da semana, e ela tem um efeito surpreendentemente calmante sobre mim:

Rosa-dos-Ventos
Chico Buarque


E do amor gritou-se o escândalo

Do medo criou-se o trágico
No rosto pintou-se o pálido
E não rolou uma lágrima
Nem uma lástima para socorrer
E na gente deu o hábito
De caminhar pelas trevas
De murmurar entre as pregas
De tirar leite das pedras
De ver o tempo correr
Mas sob o sono dos séculos
Amanheceu o espetáculo
Como uma chuva de pétalas
Como se o céu vendo as penas
Morresse de pena
E chovesse o perdão
E a prudência dos sábios
Nem ousou conter nos lábios
O sorriso e a paixão

Pois transbordando de flores
A calma dos lagos zangou-se
A rosa-dos-ventos danou-se
O leito do rio fartou-se
E inundou de água doce
A amargura do mar
Numa enchente amazônica
Numa explosão atlântica
E a multidão vendo em pânico
E a multidão vendo atônita
Ainda que tarde
O seu despertar