A história de Siproeta

Siproeta era. Exatamente, era. Não sabia mais ser, mas continuava a existir.
É difícil fazer algo que nunca se fez, ou sentir falta do que nunca se teve e lembrar-se do que nunca existiu. Portanto ela não o fazia, ignorava tudo ao redor e apenas voava por aí.
Seu nascimento fora complicado, abandonada pelos pais em um lugar qualquer, onde havia muitas plantas e muitas como ela. Nasceu sozinha, por ela mesma. Mas ela conseguiu sobreviver, sozinha, foi vivendo de instinto e de conhecimentos adquiridos, a adaptação era parte importante da vida de Siproeta. Ela teve uma vida difícil, mas todos que ela conhecia tinham tido a mesma vida, de forma que, as dificuldades não eram perceptíveis, não desta forma.
Siproeta era bonita, apesar de haver outras mais bonitas, mas ainda assim. Tinha traços fascinantes, daqueles que chamam a atenção mesmo dos mais desatentos. Havia também outras parecidas com ela, mas nunca iguais, nada iguais. Quando jovem, muito vistosa, atraiu a atenção de muitos. Porém depois de algum tempo de vida passado já não era mais a mesma, já não voava com tanto vigor por aí, ou mantinha os mesmos traços chamativos, apesar de continuarem delicados.
Siproeta viveu muito, voou muito, tinha alma de poeta - como deveria ser -, conheceu muito e teve muitos filhos que tiveram o mesmo destino que ela própria.
Um dia desses ela ainda estava, depois não mais. Sumiu no vento. Veio outra e tomou seu lugar, de imediato.
"...You can't break that which isn't yours...
I'm not my own, it's not my choice."
4 Falaram que:
As vezes sinto como se eu fosse uma siproeta.
Beijos.
Siproeta era muito especial, não era?
Bonita estória...
:)
há dias que me sinto assim tbm..;o/
boa semana pra vc Claire! =D
bjinhoS
Não me sinto uma Siproeta, mas conheço algumas..
E mesmo não sendo uma, sumirei no vento uma dia.
Beijos!!
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