de uso diário: junho 2006

de uso diário

Eu descreveria se pudesse.

terça-feira, junho 27


"É pau, é pedra

É fim de linha
É lenha, é fogo, é foda."

Subúrbios - Chico Buarque

sábado, junho 24

Um pouco de tudo resumido

Nestes dias aconteceram muitas coisas, o que é engraçado, porque minha vida nunca foi muito movimentada e eu sempre esperei pela vida que eu tenho agora, mas no final das contas, percebi que não gosto tanto quanto imaginei.

O que aconteceu não pode nem ser digerido, não dá tempo. E ficam aquelas coisas mal-resolvidas, entaladas na garganta e que você sabe que se eventualmente elas sairem, só vão provocar mais uma confusão que me dizem ser sem necessidade. Tudo bem, eu compreendo.

Na verdade, acho que gosto da vida movimentada, só acho que não sou tão rápida quanto ela, talvez isso mude, ou talvez eu só consiga guardar um monte de coisas mal-resolvidas dentro de mim, até que algum dia já esteja cheia demais pra caber qualquer coisa, e talvez eu até me torne uma daquelas pessoas de quem não gosto hoje em dia.

Como todo o resto, eu vou ter que me resolver quanto a isso também. Tento pensar que outras coisas são mais importantes que isso, só pra me manter sã. Mas no final, nada é mais importante que isso, nada.

Talvez eu aprenda um dia que, como diz o Chico: "A dor não presta, felicidade sim". Essa é uma daquelas coisas que você só aprende à força bruta, aprende a deixar pra lá, que talvez, como te dizem, não valha à pena mesmo, e que a vida é bem menos do que você imaginava que era e bem menos complicada. Eu só quero aprender isso logo, porque tamém não quero ser uma daquelas pessoas que dizem: "Eu era feliz e não sabia", porque não há nada mais triste que isso.


Por hoje é só, pessoal.

Sorte pra todos, e sorte pra mim.

sábado, junho 17

KY combina com qualquer slogan

Não, não por nada, mas pensem bem se não é verdade.

KY - Porque eu mereço

KY - Keep Walking

KY - Não tem comparação

KY - Só ele é assim

KY - Um raro prazer

KY - Abuse e use

KY - É impossível comer um só

KY - Emoção pra valer

KY - É gostoso e faz bem

KY - Faz do leite uma alegria (baixaria...rs)

KY - Vende mais porque é fresquinho, ou é fresquinho porque vende mais

KY - Sensível diferença

KY - Você conhece, você confia

sexta-feira, junho 16

Post corrido, correndo, frenético como os meus dias...

Olha, eu não falei pra ficarem atentos? Quando menos se espera eu volto. Não 100% ainda, porque agora eu sou um ser errante de lan houses, uma vez que meu computadorzinho querido me deixou desiludida, sem vida virtual e sem um monte de trabalhinhos que vou ter que refazer.

Mas isso é superável, certo? Certo. Vou internalizar aqui que isso é superável. Pronto.

O problema agora é minha semana, aliás, não é só a semana, é esse semestre. Mas que coisa! A pessoa chegando na metade do curso, achando que já tá virando gente, e que os professores vão começar a levar você e seus coleguinhas em consideração, como seres humanos semelhante a eles. Mas não. Claro que não, claro que vem mais provação, mais dificuldade, tudo isso regado com a típica frase: "Graduando tem que sofrer mesmo"! Não são nem as nove disciplinas semestrais que me incomodam mais, nem é isso, até porque cheguei a um ponto que estou chamando quem paga seis matérias de vagabundo, porque se eu pagasse seis matérias, Deus do céu, bombava! Eu e meus coleguinhas já discriminamos quem paga menos de nove matérias usando a seguinte justificativa: "Se você pode pagar até 33 créditos, por que vai pagar menos, seu vagabundo?" e junto com esse lema levamos outro: "Pra quê tirar três 7 se eu posso tirar quatro 5? Então vamos todos pra quarta prova"! E vamos mesmo pelo andar da carruagem.

E pelo visto vai rolar a primeira reprovação também. Eu nunca reprovei, mas tem uma primeira vez pra tudo. Eu tava levando muito bem, né? Pagando nove matérias por quatro semestres seguidos e sem reprovar em nenhuma, com um IRA legal, tava até indo bem, pra dificuldade imposta pelos professores, todos PhD em alguma coisa... Quero reprovar não, vou fazer de tudo pra que não aconteça, mas se acontecer não será surpresa.

Vários projetinhos pra fazer, vários artigos científicos pra escrever, seminários pra apresentar, ir pra campo, apresentar artigo, defender teorias... É muito, muito. Mas quando acabar esse semestre vamos fazer uma festa, grande. Se ninguém reprovar, claro, porque se alguém reprovar perde a graça.

É isto. Eu não vou enlouquecer não, mas ainda vou gritar com muita gente, então, peço desculpas adiantadas àqueles que sofrerão com mu estresse e tensão demoníacas de fim-de-semestre.

quinta-feira, junho 15

Clarissa está sem computador em casa, e portanto, não poderá postar com calma por um bom tempo. Vocês por favor não a abandonem, vai que ela volta sem aviso, né?

Até a próxima.

domingo, junho 11

Eu tenho! Você nem tem!

PERFEITO! Como tudo que ele faz.

sábado, junho 10

Cantadas de Sábado à noite:

- Olá, vem sempre aqui?

- Não, só quando você está... Danças muito bem.

- Obrigada. Posso lhe pagar uma bebida?

- Claro. Na minha ou na sua?

Para adiar a crise de meia-idade:

Volte aos treze anos (idade mental, não cronológica) e esbraveje:

- Ninguém me entende! Ninguém me entende!

Agora coloque seu All Star, sua suadeira, sua franja na cara, escute uma música bem melódica e abrace seu coleguinha. Pronto. Se sente melhor? Ok, continuemos.


Agora observações sobre o post anterior:

- Aquilo foi só um personagem que assumi pra escrever o post, eu estou bem, e sã, até segunda ordem. Não se preocupem.

- A relatividade é legal, ela me permite manipular o que não gosto. E eu sei manipular bem, muito bem.

- Quanto à música, bem, nunca gostei, não gosto, e muito provavelmente não gostarei. Por que? Porque eu cheguei numa fase da minha vida que eu preciso de mais, sabe?

-O Silva entendeu a piada! ÊÊÊÊÊ!

-Sim! Estou apaixonada! Há dois anos, pela mesma pessoa, inclusive.

sexta-feira, junho 9

I'm strange, insane, one thing I can never change...

Os dias têm sido estranhos, sabe querido diário? (Foi uma piada)

Mas ainda assim os dias têm sido estranhos. Estou um tanto suspensa no ar, e digo isso porque suponho que pessoas nesse estado, digo de suspensão no ar, estejam no limbo de tudo, sem sensações boas nem ruins, só aquele limbo infinito (limbo pode ser infinito?) de não-sei-lá-o-quê, só sei que carrega um NÃO bem grande na frente, ou um SIM, pouco importa. É como se fosse um vazio que não é vazio, porque vazio seria ruim. Alguém acompanhou? É como aquele velho questionamento do copo meio vazio ou meio cheio. Na verdade não importa, porque a condição do preenchimento do copo está inteiramente ligada ao observador, se este está feliz ou chegando lá, o copo estará meio cheio; se este está triste ou chegando lá, o copo está meio vazio. Mas pra mim tanto faz, porque eu não me importo com a porcaria do copo! Eu acho que cheguei ao ponto do cinismo que temia: "Tudo, na verdade, é nada". E se for mesmo? Alguém tá entendendo a situação? Eu não estou tentando ser complexa, eu nunca fui uma pessoa complexa, por que começar agora? Vá lá que eu nunca fui muito prática no que diz respeito a mim mesma, mas isso não indica complexidade.

Tudo ultimamente tem começado com "Eu não sei" e segue daí. Tudo bem que, além de não ser prática, eu também nunca fui muito otimista, sempre esperei o pior pra não me decepcionar, e essa tática é muito manjada, eu sei. E sei que sempre brinquei mesmo com esse negócio de "não importa, depende do referencial", mas agora eu tô levando isso à sério, e considerar todos os referenciais não é nada saudável, não, não é. E mesmo que não sejam considerados todos os referenciais, mesmo que você só tenha consciência que eles existam e que você pode não estar certa,você enlouquece de uma forma bem velada e não notada em grande escala. Sim, porque pra tomar qualquer decisão você precisa estar certa que aquilo é aquilo mesmo, senão, o quê você vai poder defender? Qual a sua tese? Qual a sua teoria? Se você não tem uma, você não tem uma decisão, você não tem um movimento. Se é que o movimento existe realmente, porque você pode muito bem estar parado tendo a impressão de movimento, certo?

Outra coisa a se levar em consideração sobre minha pseudo-loucura-temporária-até-segunda-ordem é que eu sempre pensei demais, como está claramente demonstrado aqui. Mas melhor pensar demais que pensar de menos, ok?

Pois é, estou aqui escutando Spice Girls (o primeiro CD. E não, eu não faço isso com freqüência, e se fizesse?), me recuperando da minha incrível-doença-empata-vida-social, analisando a pilha de coisas a fazer que se acumulou alí no canto, apreciando meu estranho gosto por hífens, e pensando: "Como chegar ao xeque-mate em dez passos?", e ainda "O xeque-mate é bom ou ruim?"



P.S.: Alguém ainda agüenta aquele cara cantando repetidas vezes: "you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful,you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, you're beautiful, it's true"? Alguém manda ele se tratar! Essa música é uma tentativa de lobotomia, e tenho dito!

domingo, junho 4

How am I feeling?

"Every little bit hurts
every little bit hurts"

Vivian Green - Every little bit hurts

Em vários sentidos, inclusive.

Música linda! Não fala de algo agradável, mas ainda assim é linda. Quem disse que pra ser bonita tem que ser agradável? Conheço tanta gente assim... Também em vários sentidos, inclusive.

sexta-feira, junho 2

Sem ponto final e sem vírgula

Dormi Acompanhada Numa Noite De Chuva Não De Quem Queria Mas De Quem Me Acolheu

quinta-feira, junho 1

O que é a vida, não é mesmo, minha gente?

Alicia Keys: Life is the constant state of going nowhere.

Vincenzo Cerami e Roberto Benigni: La vita è Bela.

Gonzaguinha: A vida é trabalho.

Chico Buarque: A vida é sempre aquela dança, aonde não se escolhe o par.

Racionais MC's: A vida é o jogo, e vencer é a única saída.

Vinícius de Morais: A tua vida é uma linda canção de amor.

Zeca Baleiro: A vida é boa, a vida é boa, a vida é bela.

Nando Reis: A vida é mesmo uma coisa muito frágil.

Cazuza: A vida é tão desconhecida e mágica.

Helloween: Life is short.


Clarissa não sabe o que a vida é ainda, e nem se preocupa em tentar definí-la.