"É pau, é pedra
É fim de linha
É lenha, é fogo, é foda."
Subúrbios - Chico Buarque
Eu descreveria se pudesse.
Nestes dias aconteceram muitas coisas, o que é engraçado, porque minha vida nunca foi muito movimentada e eu sempre esperei pela vida que eu tenho agora, mas no final das contas, percebi que não gosto tanto quanto imaginei.
Não, não por nada, mas pensem bem se não é verdade.
Olha, eu não falei pra ficarem atentos? Quando menos se espera eu volto. Não 100% ainda, porque agora eu sou um ser errante de lan houses, uma vez que meu computadorzinho querido me deixou desiludida, sem vida virtual e sem um monte de trabalhinhos que vou ter que refazer.
Clarissa está sem computador em casa, e portanto, não poderá postar com calma por um bom tempo. Vocês por favor não a abandonem, vai que ela volta sem aviso, né?
- Olá, vem sempre aqui?
Volte aos treze anos (idade mental, não cronológica) e esbraveje:
Os dias têm sido estranhos, sabe querido diário? (Foi uma piada)
Tudo ultimamente tem começado com "Eu não sei" e segue daí. Tudo bem que, além de não ser prática, eu também nunca fui muito otimista, sempre esperei o pior pra não me decepcionar, e essa tática é muito manjada, eu sei. E sei que sempre brinquei mesmo com esse negócio de "não importa, depende do referencial", mas agora eu tô levando isso à sério, e considerar todos os referenciais não é nada saudável, não, não é. E mesmo que não sejam considerados todos os referenciais, mesmo que você só tenha consciência que eles existam e que você pode não estar certa,você enlouquece de uma forma bem velada e não notada em grande escala. Sim, porque pra tomar qualquer decisão você precisa estar certa que aquilo é aquilo mesmo, senão, o quê você vai poder defender? Qual a sua tese? Qual a sua teoria? Se você não tem uma, você não tem uma decisão, você não tem um movimento. Se é que o movimento existe realmente, porque você pode muito bem estar parado tendo a impressão de movimento, certo?
Outra coisa a se levar em consideração sobre minha pseudo-loucura-temporária-até-segunda-ordem é que eu sempre pensei demais, como está claramente demonstrado aqui. Mas melhor pensar demais que pensar de menos, ok?
Pois é, estou aqui escutando Spice Girls (o primeiro CD. E não, eu não faço isso com freqüência, e se fizesse?), me recuperando da minha incrível-doença-empata-vida-social, analisando a pilha de coisas a fazer que se acumulou alí no canto, apreciando meu estranho gosto por hífens, e pensando: "Como chegar ao xeque-mate em dez passos?", e ainda "O xeque-mate é bom ou ruim?"
Dormi Acompanhada Numa Noite De Chuva Não De Quem Queria Mas De Quem Me Acolheu
Alicia Keys: Life is the constant state of going nowhere.