de uso diário: fevereiro 2007

de uso diário

Eu descreveria se pudesse.

sábado, fevereiro 24

alinhado

c o n s t r u i n d o

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l i n h a s

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d e s c o b r i n d o

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m i n h a s

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d e s c o n s t r u ç õ e s

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sexta-feira, fevereiro 23

Não, não e não!

Um dia desses um ser-humano falava na TV sobre as vantagens de ser vegetariano. Até aí tudo bem, afinal, é prática da casa respeitar opiniões alheias. Porém, não satisfeito em sê-lo e vivê-lo, a criatura resolveu tentar convencer o resto do mundo a se tornar adepto do vegetarianismo. Olhando aquilo eu lembrei de todas as pessoas que já tentaram me convencer do mesmo, e que na minha área não são poucas, e de como eu tenho raiva disso.
Bem, eu não sei como é ser vegetariano ou coisa semelhante, na verdade nem tenho vontade de descobrir, vivo feliz comendo meu churrasco e não tô ligando se vou viver 7 anos menos de quem não o faz, carpe diem, certo? Então tá.
Além do mais, se é pra argumentar sobre escolhas alimentares ou alimentícias(?), porque ninguém fala da seleção natural? O ser-humano que se pôs no "topo da cadeia alimentar", por mais clichê e pretensioso que isso soe, não é vegetariano, e sim onívoro. Afinal, pra quê teríamos uma aparelho digestivo adaptado pra digestão de alimentos tanto de origem animal quanto vegetal se ele não iria ter uso? Pra quê?
Não tô querendo convencer ninguém que estou certa ou coisa assim. E bem sei que a questão da adaptação e evolução de nós todos humanos não têm que bater de frente com ideologias. Até porque não tem nada a ver. Só estou dizendo: "Argumento por argumento, eu também tenho o meu. E tenho toda a escala evolutiva pra corroborar o que digo."
Quanto a questão da ideologia, é diferente, cada um tem a sua e eu não quero mudar a de ninguém, também me reservo o direito de ser poupada da encheção de saco que é ouvir alguém falando meia-hora o porquê eu não devo mais comer carne, ou frango, ou peixe, ou queijo, ou tomar leite ou... Vocês entenderam.
Não levem à mal, por favor. E se levarem é porque não entenderam, e eu não explico. E ache bom!

segunda-feira, fevereiro 19

"Carnaval, carnaval, carnaval

Fico tão triste quando chega o carnaval"

(Luiz Melodia)



Eu tenho Síndrome do Pânico no Carnaval (SPC). Mas tudo bem, eu supero.


Escutando:
"
Safety dance
Is it safe to dance
Is it safe to dance

S-s-s-s A-a-a-a F-f-f-f E-e-e-e T-t-t-t Y-y-y-y
Safe, dance!"

(Man Without Hats)

quinta-feira, fevereiro 15

P r o m o ç ã o

A MOnotonia do

enquadraMENTO

se deVE à preguiça

do ciNEgrafisTA.

sábado, fevereiro 10

A história de Siproeta



Siproeta era. Exatamente, era. Não sabia mais ser, mas continuava a existir.
É difícil fazer algo que nunca se fez, ou sentir falta do que nunca se teve e lembrar-se do que nunca existiu. Portanto ela não o fazia, ignorava tudo ao redor e apenas voava por aí.
Seu nascimento fora complicado, abandonada pelos pais em um lugar qualquer, onde havia muitas plantas e muitas como ela. Nasceu sozinha, por ela mesma. Mas ela conseguiu sobreviver, sozinha, foi vivendo de instinto e de conhecimentos adquiridos, a adaptação era parte importante da vida de Siproeta. Ela teve uma vida difícil, mas todos que ela conhecia tinham tido a mesma vida, de forma que, as dificuldades não eram perceptíveis, não desta forma.
Siproeta era bonita, apesar de haver outras mais bonitas, mas ainda assim. Tinha traços fascinantes, daqueles que chamam a atenção mesmo dos mais desatentos. Havia também outras parecidas com ela, mas nunca iguais, nada iguais. Quando jovem, muito vistosa, atraiu a atenção de muitos. Porém depois de algum tempo de vida passado já não era mais a mesma, já não voava com tanto vigor por aí, ou mantinha os mesmos traços chamativos, apesar de continuarem delicados.
Siproeta viveu muito, voou muito, tinha alma de poeta - como deveria ser -, conheceu muito e teve muitos filhos que tiveram o mesmo destino que ela própria.
Um dia desses ela ainda estava, depois não mais. Sumiu no vento. Veio outra e tomou seu lugar, de imediato. Ninguém é insubstituível.

"...You can't break that which isn't yours...
I'm not my own, it's not my choice."

quarta-feira, fevereiro 7

nada de( )mais

Procurando palavras eu me encontro em caminhos longos aqui dentro de mim. Caminhos desafiadores, bifurcados a cada instante por idéias que duvidam de si mesmas. E me tornam um palco para todas as argumentações possíveis, e depois tudo faz sentido.
No fim tudo se encontra formando um grande nó que nunca se desata por completo, nem deveria. Porque deste nó depende uma pessoa que, a cada vez que o encontra pela frente consegue desembaraçar um fio de pensamento, sem o qual nunca mais seria capaz de caminhar o que resta do longo caminho, mesmo bifurcado, mesmo perigoso, mesmo sem volta de certa forma. E mesmo terminando no mesmo ponto, nunca é a mesma coisa. Um homem nunca atravessa o mesmo rio duas vezes, o homem não será o mesmo, muito menos o rio.
Sem destino, verdade ou propósito, o caminho é percorrido, por vezes com calma, por vezes apressado. Passos longos são alternados com momentos de impaciência, onde a vontade da chegada é maior que tudo. Mas não existe chegada, não como se espera. A jornada é o que importa pra quem trilha esses caminhos, e todos trilhamos. O caminho é o destino, e essas coisas todas que passam pela cabeça e parecem sem sentido. Mas tudo continua. A vida, o caminho, o destino, o começo e o fim. Tudo junto. Tudo agora. Tudo ao leo. Tudo entregue. Tudo que cabe na palma da mão.
Onde se quer chegar? Onde você quer ir? Pra quê serve o caminho? O que existe além? Existe um fim? Pra quê serve tudo, quando tudo acabar? Pra quê tudo começou? E por que vai terminar? Por que o nó na garganta?



"...We all have demons to battle,
roads to walk, crosses to bear.
Mistakes and sins..."