de uso diário: outubro 2006

de uso diário

Eu descreveria se pudesse.

terça-feira, outubro 31

Serviço de Atendimento ao Consumidor II

Ok, o outro não rendeu os frutos que eu esperava. Mas vou tentar de novo.
Aqui está, mais uma vez o SAC deste humilde blog vem anunciar as melhores buscas feitas que resultaram neste recito aqui. E mais uma vez venho perguntar aos que buscaram tais coisas se saíram satisfeitos daqui, se ninguém repsonder vou saber que é porque ninguém voltou, ok.

Lá vai:

A Cigana leu meu Destino
Foi? O que ela disse? Por que você procuraria por isso se ela já leu seu destino?

Quero Descobrir que Bruxa Tenho
Ok, eu tenho até medo. Mas preciso pedir uma explicação melhor pra essa. Como assim "a bruxa que tenho"?

Strip Bilhar
Cara, isso aqui é um blog de família. Bagunçou, veste a roupa e vai embora.
É, talvez você tenha que razão em ter parado aqui mesmo...

Frases Engessada
Prestem atenção na concordância... Ok.
Vou nem perguntar...

Diário de Vida
Bisbilhoteiro! Hunf...

Todo tipo de Raças Traçadas de Cães
O que faz as pessoas pensarem que elas acharão esse tipo de coisa aqui?

Simona Talma Eletro Bilhar Certeza
Certeza? Então tá valendo! Eletro Bilhar no Budda Pub essa Sexta! E tem Retrovisor no Orla Sul também...
Tem que aproveitar pra fazer a publicidade, né? Sabe como é. Tá difícil ter um espaço na mídia hoje em dia.

Uso de Mim e Me

Usa, usa tudo!

"Eletro Bilhar" diario

Vou começar a cobrar do Eletro Bilhar, agora que eles são ricos e famosos...

Bruxa Má
É aqui meerrrrmo! Já achou! Pode parar... Muahauahuahauahuahau (risada maquiavélica)

segunda-feira, outubro 30

Histórias com final feliz...

Ela queria sumir, do tudo e do nada ao mesmo tempo. Queria ir embora sem deixar vestígios ou provas de que ela passou por este planeta minúsculo. Quem sabe pra um lugar maior, onde ninguém a conhecesse ou a cobrasse. Queria sumir porque já não agüentava mais aquilo tudo, mesmo, igual. Queria tanto, e tanto desejou, que um belo dia ninguém nunca mais a viu. E só se sentia a felicidade que ela deixou pra trás.

sexta-feira, outubro 27

Eu diria mais...

Certas atitudes tão certas. Não certas por estarem corretas, mas certas por serem previsíveis, e infelizmente medíocres também.
Eu sou uma pessoa muito crítica, não só com os outros, mas principalmente comigo. E sempre fui assim, é uma questão de personalidade, e eu questiono mesmo. Quem se garante não tem medo de ser questionado, quem não se garante já caiu e ainda não sabe. Quem não quer responder se sai com um: "Eu respondo se quiser!", e ainda assim vai sair com o mesmo respeito de que se tivesse respondido. Respostas inconsistentes eu dispenso. É melhor ficar calado.
O maior problema que eu tenho com as pessoas é que elas falam o que querem, e às vezes elas ouvem o que não querem, e não tendem a ficarem satisfeitas com isso. Pois é, comigo é assim. Não sentiu liberdade o suficiente pra falar o que queria? Não ache ruim quando eu disser que aquilo não tem valia e/ou sentido algum.
E sim, eu sou bastante ríspida quando merecem. E se o ser humano me vem falar de algo que não tem a menor idéia do que seja ou se trate, e ainda quer falar com autoridade de quem tem conhecimento de causa, vai ouvir. E vai ouvir muito. Porque é muita prepotência querer saber tudo de alguém, é muita prepotência julgar que o que você sente é igual, e principalmente, é muita prepotência ler nas entrelinhas quando não se sabe ao certo se elas existem, e apenas presume-se que sim.
Cientificamente falando, quando um indivíduo força o seu meio, o seu método, o seu resultado, nós dizemos que seu experimento foi enviesado. Ou seja, você viu que talvez não desse certo, mas não quis perder a viagem, e daí empurra e manipula tudo pra ser do seu modo. Muita gente faz isso, com experimentos científicos ou não. E quanto a estes seres, só podemos dizer que eles voltam àquele ponto alí no início do texto: "Quem não se garante e tem medo de ser questionado, criticado, e de estar errado. Já caiu e não sabe". Agora, sempre há um modo de se levantar. É só querer.
Sim, eu sou muito crítica, muito ríspida, muito intolerante com muitas situações e atitudes. Mas também sou flexível com a maioria delas. Acho que tudo o que quis dizer com esse texto é: Certas coisas passam, e eu deixo passar porque não valem à pena. Mas por favor, vamos traçar a linha na burrice. Isso não, porque eu não mereço e não sou nem obrigada.

quinta-feira, outubro 26

Dou na sua cara! E ache bom!

" QUEM FOSTE TU?
QUEM ÉS TU?
NÃO ÉS NADA!
SE NA VIDA FUI ERRADA
TU FOSTE ERRADO TAMBÉM
SE EU ERREI, SE PEQUEI
NÃO IMPORTA
SE A ESTA HORA ESTOU MORTA
PRA MIM MORRESTE TAMBÉM!"
Lama - Dolores Duran

segunda-feira, outubro 23

O bocejo diante do ordinário. Um riso diante de outro. Olhos fechados pra te ver diante de mim. Olhos abertos pra ver a proximidade. A dor diante do adeus. A solidão diante da partida. Eu diante do abismo. O empurrão que ainda falta. O grito estrangulado. O desespero escondido. A fraqueza diante da coragem. E a coragem diante de tudo. A inteligência diante da realidade. A sabedoria da desistência e da persistência. A aceitação diante do inevitável. E a inquietação da derrota. A felicidade diante do novo. A gargalhada diante do absurdo. Lembranças insistentes. Memórias apagadas. Pecados pagos. Carmas passados adiante. O silêncio da agonia. O silêncio do deleite. Barulhos que só eu ouço. Tudo o que deve ser suportado, entendido, aceito, compreendido, assimilado, esquecido. Inconseqüente. Inconveniente. Inesperado. Invisível. Inesquecível. O que eu não quero descobrir. O que eu não quero pensar. O que sempre vai ser meu. O que eu sempre soube. Tudo conspira. Respira. Sente. Toca. Fala. Perturba. Encanta. Destroça. Reconstrói. A esporadicidade do sentimento. A coerência incoerente. A presença que nunca falha. E a que nunca existiu. O momento que precede a mudança que ninguém percebe. A minha infantilidade. A minha incapacidade. As minhas limitações. E os monstros debaixo da cama. A minha mente e corpo. O meu choro. O meu riso. E tudo que está por vir...

***

P.S.: Por que qualquer coisa mais visceral, verdadeira e até elaborada, indica tristeza para as pessoas? Acho que elas só vêem o que querem. Isso aqui torna-se um espelho. Cada um entende o que quer e como quer, vou fazer o quê, né?
Por que as pessoas me decepcionam tanto intelectualmente?
E mais importante: Não taxe qualquer sentimento mais profundo de tristeza ou fraqueza. Eu mereço mais. Faça-me o favor...

sábado, outubro 21

Ainda se morre de saudades e de medo. Ainda se vive de esperança, somente esperança e nada mais.
Esperança e nada mais concreto, e de tão forte a esperança vira certeza, e quando certezas são desfeitas por fatos todo o resto desaba. Mas ainda restam as saudades.
Ainda se vive de saudades, e essas nunca vão embora... Nunca...
Não importa quem vire as costas, não importa o que é feito ou dito. Elas sempre vão existir. Às vezes como minha única compania.

sexta-feira, outubro 20

Campanha Mundial (ATUALIZADO!)

Caros colegas leitores pacientes deste blog, eu venho aqui pra convidar-lhes pro grande espetáculo do século. Eu podia tá matanu, eu podia tá robanu, eu podia tá estupranu. Mas não, estou só aqui pedindo a vocês em nome desta grande campanha mundial começada ontem. Pensem que na verdade eu estou somente lhes prestando o favor de avisar e reforçar a idéia do grande evento que está por vir. Atenção, atenção, vou anunciar. Já foi anunciado uma vez, e agora... Tá vou parar a enrolação que até eu já cansei.

Eletro Bilhar Cassino Bingo – Jogos de Amor Para Amadores


Dia 25 de Outubro
Na Casa da Ribeira

Às 21h
R$5,00

Levem seus amigos mais bonitos!


O show ainda contará com o strip-tease dessa moça aqui:



E com o sorteio dessa aqui:


E a venda desta aqui:



E agora, para você saberem o que cantar disponibilizarei o refrão de uma das músicas da banda. Todo mundo lá e cantando quando chegar a hora, hein?

"O vento sopra só pra ela
Mas ao abrir sua janela
Você vai respirar
De longe já se sente a brisa
É ar, liberdade
Deixa pra lá.."

Ela - Eletro Bilhar


Brincadeiras à parte, tá avisado. Tô avisando porque sou amiga...rs
Vão que vale a pena. ;)

terça-feira, outubro 17

Frases soltas em conjunto

Quem manda na minha vida sou eu

Mamãe deu essa vida pra mim, só pra mim

Então fica longe dela

Não me acompanha que não sou novela

Eu não tô querendo me estressar

Fica longe de mim

Procura teu lugar

Só eu sei onde quero chegar

E se você ainda pergunta

É porque felizmente não vamos pro mesmo lugar

Me deixa em paz

Me abandona

Assim sem mais

Porque de você eu já enchi

E não só eu, o resto do mundo também

Retorna pro Hades de onde você veio

Junto com sua legião de seguidores

E mais a meia dúzia de comentários moralistas

Que vocês fazem questão de usar

Eu vou ficar onde é meu lugar

Onde eu bem entender

O que é meu não interessa

Muito menos o que eu perder.



P.S.: É difícil digitar só com a mão esquerda, principalmente quando você é destra, mas a mão direita está engessada.

segunda-feira, outubro 16

Conivência e conveniência rimam, né? Engraçado...

Venho contar a vocês uma história de um heroína, que apesar da ligação não é a droga. Nossa heroína (lá vem ela de novo), que é uma amiga minha que vocês não conhecem, teve um dia terrível hoje (er... Quando digo hoje quero dizer há muito, muito tempo atrás... Claro). Pois bem, nossa personagem, vamos chamá-la de Beatriz, enfrentou um dos maiores desafios de sua vida hoje. Sim, meus caros leitores pacientes, ela teve que enfrentar a bruxa má, também conhecida como sua professora de ... er... microbiologia (definitivamente eu não tenho criatividade), ou simplesmente como "La Mosca Muerta" (vilões com nomes em espanhol ficam mais vilões).
Tudo começou durante o teste sagrado através do qual seria conseguida a liberdade da nossa heroína do domínio de "La Mosca Muerta", era uma prova de... ahn... microbiologia (Droga! Minhas analogias têm que melhorar...). De repente, não mais que de repente, a bruxa má se manifesta e resolve sair marcando de vermelho a prova das boas donzelas que estavam sentadas no fundo da sala (É, já quebrei o clima mesmo...) não tão concentradas na prova, mas mesmo assim atentas, muito atentas. As boas donzelas tentaram convencer a bruxa de não fazê-lo, afinal, não tinham feito mal algum, não haviam quebrado regras. Porém, a bruxa má com uma risada maquiavélica ignorou o pedido das boas moças, dentre as quais estavam Beatriz, e condenou-as a passarem mais 15 dias (sim, 15 dias!) sob seu terrível domínio, e aturando sua presença enfadonha, tudo explicado pelo codinome da bruxa "La Mosca Muerta". Mas nossa heroína Beatriz não iria deixar barato, vendo toda aquela injustiça tomar conta, e vendo como a bruxa má havia prejudicado as outras boas donzelas, suas amigas, foi procurar o poder quase-supremo-mas-já-acima-da-bruxa-má: "The Head of the Department" (definitivamente, criatividade 0...), pra quem contou sua triste história, e mostrou como a bruxa má era repressora e inescrupulosa por julgar as pessoas, principalmente donzelas tão boas quanto aquelas, de forma errônea e arbitrária...

O fim dessa história eu ainda não sei, mas torçam pela nossa heroína daí.

sábado, outubro 14

Se nasci pra enfrentar o mar, ou faroleiro...

Existem coisas nas quais eu queria não acreditar, mas elas se forçam e arrumam um jeito de serem percebidas, como uma pessoa insistente que não te deixa ir até ser ouvida. Talvez a pessoa insistente tenha razão, porque se há tanta necessidade assim de que algo seja visto, não há porquê desistir.
Ontem foi um dia especial, em dias assim eu fico muito vulnerável, muito triste ou muito alegre. Infelizmente ontem a primeira opção tomou conta de uma forma arrebatadora. Mas já vi o outro lado da moeda, e como ele pode ser maravilhoso. Foi num dia assim que eu nasci, e foi motivo de alegria pra muitos. Engraçado como o dia do meu nascimento, não meu aniversário, tem essa influência sobre mim. Eu vejo pessoas, supersticiosas ou não, falarem de sexta-feira 13 e como ela mexe com as pessoas. Mas pra mim é diferente, parece que tudo muda. Cortinas parecem se abrir na minha frente, deixando pra traz o que era embaçado. Certezas se reafirmam e outras caem por terra. É estranho, diferente, e eu gosto muito dessa atmosfera, mesmo que pra percebê-la eu tenha que passar pelo sofrimento que passei ontem. Hoje estou melhor, e fico feliz por isso.
Ontem passei por uma cigana, ela segurou minha mão esquerda e me puxou. Não dei bola porque não queria ouvir, pra não machucar mais. Talvez eu devesse ter parado.

P.S.: Esse não era o texto que eu ia escrever, mas ele saiu mesmo assim. ;)

sexta-feira, outubro 13

Noites tão happy, dias tão down...

É assim, assim que tem sido. Espero que mude.
Deprimida, eu.
É, eu sei, tem cura.

Sem mais por agora. E talvez por algum tempo.

quarta-feira, outubro 11

básico

***

Os quesitos em vermelho representam coisas basais (!?!?!?) (ao menos pra mim). E os em itálico, representam comentários infames mesmo.
Nem tudo está aí, e certamente o que está não se encontra em ordem de importância.
Aceito sugestões.

***


- Calças com bolso: Pode ser social, eu não tô ligando. Eu preciso de bolsos.

- Óculos-escuros: Eu tenho astigmatismo.

- Chocolate na TPM: Melhor não arriscar.

- Fim dos sabores novos malignos: Todinho napolitano? Bis laranja? Baton morango? Não! Basta!

-
Falar durante o filme: Comentários sarcásticos são imprescindíveis.

-
Cantar no meio da rua: Ah gente... nem é alto nem nada.

-
Café pra começar o dia: Cafeína! Cafeína!

-
Noites de chuva bem acompanhada: Podem ser noites sem chuva também.

-
Vinho: Suave, por favor.

-
Pão-de-mel: Nhaaaam...

-
Eu te amo: Pelo telefone, ao vivo... Tanto faz.

segunda-feira, outubro 9

A vida real, sem cortes

Primeiro mês de namoro:

- Amooooorrrrr, amorrr, vem 'qui...
- Tô indo, meu bem.


Um ano de namoro:

- Amoooooorrrr, amooorrrrr. Amor! Amor, porra!
- Quié, caralho!
- Vem aqui, cacete!
- Tô indo, trem!
- Você tá me chamando de gorda?!


E é essa a vida. E nenhum dos cônjuges sofreu danos físicos e/ou psicológicos durante este diálogo, além das risadas, é claro.

domingo, outubro 8

... and the stars look very different today

E estão mesmo, estão mais tristes, como que de luto. Mas eu entendo, porque é assim que eu me sinto. E eu nem queria me sentir assim, apesar de achares que sim. E apesar de meu choro ser apenas uma lamentação vazia pra ti.
Ouço da boca de muitos o que queria ouvir da tua, mas nem por isso eu desisto. Eu não sou assim.
Te espero e te quero do jeito que és. Não quero te mudar, mas também não vejo porquê tenho que aceitar tudo, até o que não me agrada. Aliás, segundo o que dizes, nem preciso. É só ir embora... E na verdade, isto é tudo o que não quero fazer, mas se me mandares eu vou, não vou te prender. Eu não sou assim.
E se resolver ir vou sentir saudades da tua voz, do teu toque, do teu abraço e do teu beijo, e até de receber tua ligação anunciada pela minha música preferida (engraçado, né?). Mas eu vou entender, e não vou mais voltar.
Eu sigo com o coração partido, mas não é como se isso nunca tivesse acontecido antes. Não estou tentando fazer drama ou coisa assim, mas não posso fazer com que meus sentimentos pareçam ser menos que isso. Eu não sou assim.

I wish...

Here we go
They're back again

Look alive, warn your friends
We are warm and we are safe
Enjoy it while you can before
Things change

***

Eu bem queria que você entendesse, mas nunca acontece assim.
Você, de todas as pessoas, deveria entender.
E deveria ter medo por mim e comigo.
Infelizmente não acontece assim.

***

sexta-feira, outubro 6

Ground Control to Major Tom...

Eu ando meio aérea ultimamente. Não pensando em algo bom, ou algo ruim. Na verdade nem pensando eu estou, sei lá o que acontece. Bem, vou tentar abstrair, e internalizar, porque o mundo não precisa saber disso.
O máximo que posso dizer é que ontem quase chorei ouvindo uma música cantada pelo Retrovisor. Nunca tinha ouvido, e quando a primeira frase foi cantada parei tudo o que estava fazendo. A música chama-se Imperfeito e é do Pato Fu:

"Eu sei que meu amor
É imperfeito

Mas se ele deixar, vou lhe mostrar

O quanto também
Tenho defeito

Não é pra me gabar

Mas rio do que faço

Eu devia chorar

Eu sei o mal que fiz

Já está feito

Mas lhe pedi perdão, por ser assim

E o coração que

Tenho no peito

Não quer acreditar

Já nem estou mais aqui

Nem em qualquer lugar

Lá vai se embora meu mundo sem mim...

O que há de errado em ser tão errado assim?
Já vou saindo, não precisa empurrar...
Pois meu maior defeito é insistir

Que ele é perfeito,
Que é pura crueldade pedir pra ele mudar

Nem luz, nem espelho,

Nem olhos pra enxergar

Acho que sou alguém

Que nunca vai mudar

Lá vai se embora meu mundo sem mim...

O que há de errado em ser tão errado assim?

Já vou saindo, não precisa empurrar...

Pois meu maior defeito é insistir

Que ele é perfeito,

Que é pura crueldade pedir pra ele mudar"


E enquanto tudo isso acontece, admiro essa belezura de borboleta, aqui:
Chorinea faunus

quinta-feira, outubro 5

É, eu tenho problemas...


E
E S
E S C
E S C A
E S C A D
E S C A D A
E S C A D A S
P R A S U B I R
P R A D E S C E R
*** Comentário aleatório ***
Muitas coisas mudam, mas eu continuo apaixonada pelo Bowie.
*** Fim do comentário aleatório ***

segunda-feira, outubro 2

Tanto mar, tanto mar...

Ela gostava de olhar o mar, não entrava porque tinha medo, era demais pra ela. Ver aquela imensidão sobre a qual não tinha e nunca teria controle. Era demais se ver entregue àquilo tudo, preferia ficar de longe, na areia, só observando. Via de tudo por alí, observava os movimentos, as intensidades, as variações. Decoraria se fosse possível, mas não era.
Tinha inveja daqueles que se arriscavam na imensidão, e ao mesmo tempo os chamava de loucos. Loucos porque se arriscavam, talvez. Tinha inveja porque sempre os via tão felizes, sorriam, brincavam, pareciam não ter medo, e de fato não tinham. Só ela parecia ter medo de tudo aquilo, alí sentada, sozinha. Medo de muitas coisas.
Perguntava-se se valia à pena ficar com inveja e com medo, tudo ao mesmo tempo. Sabia que queria. E por que não? Por que não se libertar daqueles receios sem fundamentos e se arriscar, só uma vez na vida, pra variar?
Levantou-se decidida, não incomodou-se em despir-se. Cabeça erguida, passos largos e decididos, quase uma corrida, cabelos ao vento, pés se enterrando na areia. Até que o encarou, e não teve mais medo. Respirou fundo toda aquela brisa que mais parecia um convite. Colocou os pés na água e tudo parecia diferente, queria mais, queria ir mais longe, explorar tudo o que pudesse, cansada de nunca saber por ter medo, agora era sua vez de aproveitar, de ir além.
E foi, nunca pareceu ser tão linda, nunca esteve tão feliz. Nunca mais foi a mesma.

Saudades...

"Não fala de Maria
Maria lembra mar
Que lembra aquele dia
Que não é bom lembrar
...
Que puxa a correnteza
E traz a maresia
E bate aquele vento
Que lembra um assobio
Que lembra um sofrimento
Que eu não merecia"
Chico Buarque - Não fala de Maria
Imagem: Rebentação ao pôr-do-sol

Hoje é dia de voltar lá...

domingo, outubro 1

Eu não questionaria...

A verdade é que não tem começo, não tem porque não tem, não foi achado. E nem é tão simples quanto achar o início de um novelo de lã, apesar de ser tão enrolado e confuso quanto. Começo assim, do meio mesmo, porque nem sei se importa o chute inicial, a primeira tacada, a primeira palavra, o primeiro corte. Por quê? Pra quê? Se tudo o que vai acontecer depende do que já está acontecendo e tudo o que já aconteceu é figurinha repetida, que não ajuda no preenchimento do álbum.
Começo da metade, pela metade, incompleto para alguns, incompreensível pra outros, e totalmente irrelevante pra alguns outros. Mas começo do meio porque não tenho outro lugar pra começar, porque não quero lembrar do início, portanto não lembro. Esqueço de como era, de como eu era, e das cartas que ficaram por lá junto com as lembranças e palavras que escolhi deixar deliberadamente.
A história da minha vida é que nem os contos daquele poeta que nunca encontram resolução. Talvez esteja exagerando, algumas resoluções se jogam contra mim e se fazem ser achadas, mesmo à força, se impõem e pronto. Tem outras que busco desde sempre.
Se fossem tão importantes a falta delas estaria me atrapalhando, mas se fossem desimportantes eu teria esquecido de sentir falta delas.
Mas no fim isso tudo parece um clichê sem fim, pareço ter falado disto minha vida toda, e talvez mais que ela própria. Porque não sei ao certo quando isso começou, mas tenho certeza que a briga é antiga. Não que isso vá me consumir ou coisa assim, não é de tanta urgência. Sem drama, por favor. Um dia eu encontro.


Clarissa diz: "Sem drama. É só um texto."