Eu creio que certas coisas na vida são dispensáveis. Não em todo momento, não pra todo mundo, não simultaneamente. Óbvio.
No momento certas atitudes alheias me parecem dispensáveis, mas eu as trato com silêncio, apesar de ver desejos mesquinhos brotarem de certas pessoas. Talvez tais desejos brotem justamente por causa minha atitude de tratar com silêncio ações pequenas, inconvenientes e desnecessárias, que as pessoas sintam mais raiva e desejem o mal.
Mas quer saber? Eu não ligo, eu não desejo mal. Eu não grito, eu não preciso chamar atenção pra mim. Eu tenho o que preciso pra conseguir o que quero, e é isso que faço desde sempre.
Eu creio que a maturidade é segregada em pequenas fatias que chegam quando é mais preciso, ou à força mesmo, quando nós precisamos com urgência. Não se pode ser maduro em todos os aspectos ao mesmo tempo, e algumas pessoas passam pela vida desprovidas de certos tipos de maturidade. Isso é bem normal, acho. Mas não é viável pra mim conviver com certos tipos de infantilidade. Não mais, não agora.
Eu creio que manipular os outros não é a melhor forma de se conseguir o que quer, e creio também que saber identificar os seus próprios problemas é bem importante para resolvê-los. Afinal, como se esconder atrás da raiva para sempre, não? Como ignorar o que se sente por baixo de atitudes agressivas e de escárnio?
Toda máscara arrebenta no elástico.
Toda. Máscara. Elástico.
Eu creio que sempre resta alguém ao nosso lado, não importa o que façamos, sempre resta alguém. O que não sei ao certo é se quem resta é quem nos interessa. Ou se acabamos com aquela única pessoa ao nosso lado por falta de escolha, porque ninguém mais se interessou, suportou ou aturou.
Eu creio nas pessoas, mas às vezes a descrença ameniza a decepção.
Eu creio que cada um sabe muito, mas ninguém sabe tudo. Não confunda confiança com prepotência. Não confunda sonhos com fantasias. E principalmente, não se julgue superior, você não é.
Eu creio também, e por fim, que todo mundo tem algo a ensinar, e por isso é importante não subestimar ninguém.
Desejar o mal não adianta, e se ajuda de alguma forma, prefiro não saber.
De verdade, prefiro.
Lamentável...